A AFROnta dos Malungos é uma manifestação da ancestralidade afrodiaspórica perante a doença do esquecimento. Tuca Malungo convoca seus Malungos, os vivos e os ancestrais, aqui representados pelo coletivo Quilombo Porto, para um cortejo simbólico, da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto até o Teatro Rivoli, e assim promover um Ebó artístico, para limpar e curar corpos/territórios que ainda reverberam violências coloniais. Os espíritos presentes em plantas, águas, corpos, cores, sons, invocam para o visível aquilo que o colonialismo insiste em invisibilizar.

A aparição dos Malungos é uma interpelação: O que você vê quando nos vê? A performance é uma estratégia de problematização da esfera pública, uma ação para causar reflexões sobre a imagem e a imagética colonial do mundo e de nós.

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Performance-percurso dividida em dois atos que representam Morte e Vida dos Malungos, se evidencia a potência da herança cultural que pulsam em nossas veias. A Batucada Radical sonoriza o Ebó, para reconquistar o que nos foi tirado, celebrar e ocupar com a cultura e os ancestrais a cidade.

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FICHA TÉCNICA 

Codireção: Rafael Campos e Thaís Guimarães 

Conceção: Rafael Campos 

Performers: Aline Carvalho, Atija Assane, Everton Silva, Gabriela Barbosa, Gabriela Paiva, Isabelle Euclides, Joyce Vieira, Rafael Campos, Winnie Hernández

Participação Especial: Batucada Radical

Comunicação: Laís França e Rachel Merlinho (Partícula Atelier) 

Direção de Arte, Adereços e Figurinos: Samuel Wenceslau

Execução Figurino: Manuela Santos 

Direção de Produção: Thaís Guimarães

Apoio à Produção: Samuel Wenceslau

Fotografia: Thiago Liberdade 

Apoio: Grupo Quilombo, Batucada Radical, FBAUP e Casa Odara